Neste domingo nos deixaram dois dos responsáveis pelo primeiro título mundial do esporte mais querido dos brasileiros. No mesmo ano que ficamos sem Djalma Santos, também perdemos a presença de De Sordi, o lateral que perdeu a posição para Djalma na final e Gylmar dos Santos Neves.
O goleiro do time de 1958 é um dos poucos homens a envergarem por
mais de 100 vezes a camisa da seleção brasileira. Deste número, 94
partidas ele o fez em competições oficiais. Isso por sí só já o
transformaria numa celebridade do esporte nacional, mas Gylmar adiciona a
seu perfil outros dados impressionantes. Bicampeão do mundo pela equipe
nacional e bicampeão do mundo pelo Santos F. C., Gylmar é um dos
maiores vencedores que já vimos atuar em nossos campos. Produto de sua
época romântica, quando o futebol de nosso país era conhecido pela
qualidade de seus atacantes, o número 3, foi um dos primeiros goleiros
nacionais a ganhar vulto mundial. Participou de 3 Copas do Mundo e
ergueu por duas vezes a Jules Rimet. Gylmar nos deixará saudades
de sua pessoa e de seu tempo, quando todos os homens pareciam
cavalheiros como ele e como o nosso futebol parecia sua poesia. Descanse
em paz, arqueiro...
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